quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Hipólito da Costa editou o que foi considero o primeiro jornal brasileiro, o Correio Braziliense. Em 29 volumes editados entre 1808 e 1823 em Londres, através do veículo, ele defendeu as ideias liberais, progressivas e maçônicas, dando ampla cobertura à Revolução do Porto e aos acontecimentos nacionais que culminaram com a Independência do Brasil. Fala-se que Hipólito teria aceitado dinheiro da Corte Imperial para amenizar as críticas ao governo.

José Bonifácio, conhecido como o Patriarca da Independia, foi um do mais atuantes personagens da independência do Brasil. Possuidor de um caráter ambíguo oscilando entre o liberalismo e o conservadorismo, Bonifácio ao mesmo tempo que defendeu a reforma agrária e a abolição da escravidão tomou medidas sobre o controle da imprensa quando ministro do Reino e Negócios Estrangeiros. Jornais como o Correio do Rio de Janeiro e o Revérbero foram fechados ao optarem por uma visão liberal e a favor da emancipação política do Brasil. Apesar de ser a favor da independência, ele defendia a permanência da monarquia no país.

Visconde de Cairu também foi censor do reino. Porém, após um tempo, ele deixa o conservadorismo para tornar-se nacionalista. Em abril de 1821, fundou o Conciliador do Reino Unido que refletiu a transição de seus pensamentos. Em um primeiro momento defendeu a existência de uma monarquia constitucional com direitos iguais entre Portugal e Brasil. Porém, posteriormente evoluiu para a defesa do projeto nacionalista de emancipação política do país. Ele foi o primeiro brasileiro a imprimir de fato um jornal dentro do Brasil e esteve envolvido em quatro publicações: Atalaia (1823), o Conciliador do Reino Unido (1821), O Despertador Braziliense (1821), Reclamação do Brasil (1822).

Frei Caneca através do jornal O Tifis Pernambucano foi um grande opositor do governo imperial. Pelo veículo idealizou uma república, a liberdade de imprensa e outros direitos liberais, denunciou o autoritarismo imperial e ainda conclamou a população à luta como na Revolução Pernambucana de 1817. Com a irrupção da luta armada, o jornal foi censurado e parou de circular. A partir daí, Frei Caneca preferiu continuar a luta por outros meios diferentes da imprensa.

Cipriano Barata foi profundo nacionalista e atuou como jornalista contra o governo colonial. Fundou o semanal Sentinela da Liberdade, de Pernambuco, onde defendia a Independência com profundas transformações e a abolição da escravidão através de uma linguagem agressiva e combativa. Durantes os periodos na prisão, Barata mudava o nome do jornal de acordo com o lugar daonde estava preso, surgindo: Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco, Sentinela da Liberdade na Guarda do Quartel General, Sentinela da Liberdade na Guarita de Villegaignon.

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